Logo do Jusbrasil com acesso para a página inicial
Todos
Todos
Artigos e Notícias
Jurisprudência
Diários Oficiais
Modelos
Peças Processuais
Legislação
Consulta Processual
Doutrina
Buscar no Jusbrasil
Cadastre-se
Entrar
Home
Consulta Processual
Jurisprudência
Doutrina
Artigos
Notícias
Diários Oficiais
Peças Processuais
Modelos
Legislação
Diretório de Advogados
Voltar
Rafael Palomino
Comentários
(
5
)
Rafael Palomino
Comentário ·
há 10 anos
Doutor é quem faz Doutorado
Enviadas Por Leitores
·
há 15 anos
Julio, "doutor" era uma palavra que tinha um significado totalmente diferente naquela época. Você diz que, nos tempos da escolástica, era costume chamarem-se de "doutor" os que completavam o exame para se tornar médicos. Na verdade, não; eles eram chamados por outro vocábulo, que apenas etimologicamente pode ser aproximado ao moderno termo "doutor". Com o passar do tempo, assim como a palavra "enfezado" deixou de significar "envolto em fezes" para tornar-se "irritado", assim como "bizarro" deixou de significar "elegante" e tornou-se sinônimo de "estranho", "doutor" passou a designar aquele que encerra o doutorado. O fato de esse vocábulo (que, insisto, apenas etimologicamente pode ser aproximado daquele latim culto do século XIII) ter significado isso ou aquilo em línguas do passado, definitivamente, não prova coisa alguma.
3
0
WhatsApp
Email
Facebook
Twitter
LinkedIn
Copiar Link
Reportar
Rafael Palomino
Comentário ·
há 10 anos
Doutor é quem faz Doutorado
Enviadas Por Leitores
·
há 15 anos
Manoela, o título de doutor nada tem a ver com a duração do curso. O critério para se chamar alguém de doutor não é quantitativo, mas qualitativo: trata-se não de realizar um curso de maior duração, mas de fazer algo diferente daquilo que se faz nos cursos de graduação. Numa graduação, o estudante obtém conhecimento. Num doutorado, o estudioso produz conhecimento. A defesa da tese é que torna alguém doutor.
Vale dizer: o fato de alguém ter o título de doutor não significa que essa pessoa é melhor que alguém, ou que ocupa posição superior numa hierarquia. Significa, apenas, que essa pessoa produziu algum conhecimento. Se o médico não o produziu, não é doutor, e isso não é demérito profissional algum, assim como o título de doutor não é nenhuma prova de superioridade.
6
0
WhatsApp
Email
Facebook
Twitter
LinkedIn
Copiar Link
Reportar
Rafael Palomino
Comentário ·
há 10 anos
Doutor é quem faz Doutorado
Enviadas Por Leitores
·
há 15 anos
O uso de "doutor" para referir-se a quem não é doutor, mas ocupa um cargo de prestígio, é reflexo do elitismo que marca a sociedade brasileira. Combater esse elitismo, traço comum a toda sociedade desigual, é uma forma de combater a própria desigualdade. Não é, claro, a solução para todo o problema da desigualdade, mas é, decerto, mais uma arena em que o combate precisa se travar.
17
0
WhatsApp
Email
Facebook
Twitter
LinkedIn
Copiar Link
Reportar
Rafael Palomino
Comentário ·
há 10 anos
Doutor é quem faz Doutorado
Enviadas Por Leitores
·
há 15 anos
Leandro, há um erro conceitual aqui. O dicionário registra todos os usos correntes de uma expressão - mesmo os usos cientificamente incorretos (como chamou a atenção o físico Aberto Präss). O dicionário não tem preocupação de dar aos termos seu sentido cientificamente correto. O mesmo vale para o direito. O dicionário não tem a preocupação de fornecer o sentido que se convencionou a um termo na Lei. Ele apenas diz: "no Brasil, usa-se a palavra 'doutor' com esse sentido". De fato, "doutor" é uma palavra usada com os sentidos que o dicionário aponta. Esse uso é considerado incorreto pela lei, mas existe e, por isso, o dicionário o registra.
Quanto ao comentário de Deise Guerra, o termo "salchicha" é, de fato, derivado de "salsicha", embora não aceito pela norma padrão. As pessoas não falam "salchicha" por ler esse termo no dicionário. É o contrário: um termo é muito falado e, depois, dicionarizado. Assim foi dicionarizado, por exemplo, a palavra "flecha", que, durante muito tempo, foi uma variação da palavra "frecha". E por aí afora.
1
0
WhatsApp
Email
Facebook
Twitter
LinkedIn
Copiar Link
Reportar
Rafael Palomino
Comentário ·
há 10 anos
Doutor é quem faz Doutorado
Enviadas Por Leitores
·
há 15 anos
Como você mesmo disse, Valmir, o costume pode ser fonte para o direito, desde que dele se extraia "uma norma considerada válida pelo ordenamento jurídico". Esse último ponto não é satisfeito pelo ordenamento jurídico atual.
Costume não é lei. Costume pode ser fonte de lei. Para que, do costume, faça-se uma lei, é necessário que ele seja debatido e normatizado. Eu não posso, sei lá, fumar maconha ou cheirar cocaína e me justificar ante o juiz dizendo que isso é um costume. Posso morar no campo e ter o costume de caçar capivara, mas isso não significa que a caça da capivara está legalizada. Costume pode ser fonte de lei, mas não se confunde com a lei: lei é lei, costume é costume. Alguns costumes servem como fonte para fazermos a lei. Outros, não.
O autor do texto mostra com argumentos abundantes que, nesse caso, a lei contraria o costume. Cumpra-se a lei.
24
0
WhatsApp
Email
Facebook
Twitter
LinkedIn
Copiar Link
Reportar
Novo no Jusbrasil?
Ative gratuitamente seu perfil e junte-se a pessoas que querem entender seus direitos e deveres
Criar minha conta
Outros perfis como Rafael
Carregando